Negligência na CUF Almada

Uma menina de 12 anos foi duas vezes ao serviço de urgência da Clínica CUF Almada, nos dias 18 e 21 de Dezembro de 2019, não tendo então sido realizado nenhum exame e apenas prescrita medicação para as dores. Em 22 de Dezembro, um dia depois da sua passagem por aquele estabelecimento de saúde, a criança morreu, depois de ter sido encaminhada para o Hospital Garcia de Orta e diagnosticada uma ruptura do baço.

A notícia faz parte de um longo rol de reclamações analisadas pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) divulgadas, na segunda-feira, por aquele organismo e onde se incluí o caso de uma médica de Matosinhos que considerou, por duas vezes, estar o doente “drogado” ou “alcoolizado”, quando de facto o paciente estava a ter um AVC, como foi diagnosticado mais tarde.

Voltando a Almada é o próprio Relatório do Processo Interno de Averiguações, conduzido pela Clínica CUF sobre este caso, que concluí terem existido falhas na “segunda vez que a criança foi às urgências”, assumindo que foram “detectadas ausências relevantes nos registos médicos e de enfermagem, que a monitorização dos sinais vitais não foi feita durante toda a permanência”, ou “que não existe [no relatório da médica em questão] uma descrição completa da dor.” O que levou a a ERS a concluir que a conduta da Clínica CUF Almada “não garantiu os direitos e interesses legítimos da criança”, não sendo no entanto anunciada qualquer sanção.

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