Gente da Minha Terra
Não sei se o conheci, se só de ouvir falar dele. O Virgílio era na minha juventude, ou meninice, o já velhote que fazia recados…ia buscar o jornal, algumas compras nas lojas da nossa Vila de Veiros, sempre com o seu “chambre” de pano aos quadrados azuis e brancos, como era hábito nesses anos já distantes.
Ao rebuscar o meu baú das coisas antigas encontrei a foto do amigo Virgílio, datada de Outubro de 1937, e não quis deixá-la no esquecimento. Aqui a trago aos meus leitores para que, talvez pela primeira vez, apareça uma foto sua num órgão de comunicação social. Como ele gostaria de se ver nesta foto!!! Certamente que tem familiares que ficarão felizes por aqui ser recordado. Espero que sim.
A Gente da Minha Terra, deste Alentejo que tenho na Alma, não morre, não. Fica para sempre nas memórias e no coração de todos nós.
Junto um pequeno poema, escrito por meu Pai nas Festas de Nossa Senhora do Mileu de 1950:
“ Uma esmola por compaixão!!!
Quanta beleza se encerra
na esmola!, basta um tostão
pr’ a guardares no coração
os pobres da Minha Terra “.
António José Zuzarte, Costa da Caparica, 29 de Dezembro de 2020.