A Cidade e a Selva
Cerca de oitenta agricultores manifestaram-se a 31 de julho, em frente ao Ministério da Agricultura, em Lisboa, para exigir ao Governo indemnizações pelos “prejuízos insuportáveis” causados pelos javalis e outros animais selvagens, bem como o controlo das populações.
Presente na concentração esteve também o Movimento Caçadores Mais Caça, que apelou a autorizações menos burocráticas para a prática desta atividade.
“Os javalis são os grandes destruidores da agricultura, fruticultura e dos animais de caça menor e, por isso, é preciso abatê-los. Causam acidentes de automóvel com grande frequência e também são transmissores de doenças”, referiu à Lusa um dos dirigentes do movimento, José Batista.
Recordamos aqui as notícias de 2017 que sucessivamente trouxeram os javalis para o quotidiano da Caparica. Primeiro, logo a 1 de fevereiro, o registo foto e videográfico de um javali a passear-se na Rua D. João VI, atrás do Hotel Praia do Sol, bem no centro da Costa. (Clique para ler).
Já refeitos da imagem do suíno selvagem, à solta, passeando às nossas portas, já em setembro, deparamo-nos com a estranha notícia do testemunho de pescadores da Fonte da Telha que foram surpreendidos no mar, a cerca de dois quilómetros da costa, “com a presença de javalis a nadar”. (Clique para ler).
Pouco depois, em outubro, ainda não refeitos deste enigma de javalis de alto mar, surge, repentinamente, a notícia de que eram tuberculosos. Sim, isso mesmo, os javalis, que pouco antes quase se convertiam à tribo urbana, não passavam de umas bestas, selvagens e contagiosamente doentes.
Quem trazia essa informação essencial ao debate do javali? Isso mesmo, o Movimento Caçadores Mais Caça. (Clique para ler)
Para ler no Diário de Notícias um artigo detalhado sobre a manifestação de 31 de julho, clique aqui.