Obras no Inatel

O Parque de Campismo Inatel Caparica fechou as portas para obras de requalificação, mas até 13 de Janeiro os utentes podem retirar os seus equipamentos.

A Fundação Inatel, respondendo a uma pergunta da agência Lusa, afirma que o parque apenas estará “aberto para aquele efeito”, isto é, retirada de equipamentos pelos seus utilizadores, acrescentando que estes foram informados da data limite e frisando que “uma parte significativa já retirou os equipamentos.”

Segundo a Inatel, as obras, que deverão estar terminadas antes da época balnear de 2021, vão insistir em infra-estruturas de ordenamento do espaço, linhas de distribuição das águas, redes de esgotos, redes de ataque a incêndios, recuperação de espaços comuns e implementação de um projecto turístico.

No final de Setembro cerca de 100 utentes afirmaram não ter condições financeiras para retirar os equipamentos do parque de campismo, como exigido, havendo 18 famílias que temiam ficar desalojadas. “Há cerca de 50 famílias a residir no parque. Eu represento 18. Todos têm enorme receio de ficar sem local para residir, pois não têm residência alternativa nem meios financeiros para o suportar”, relatou à Lusa, na altura, o advogado Pedro Proença, que representa 200 utilizadores deste parque de campismo. De acordo com Pedro Proença, os utentes não pretendiam criar uma situação de litígio, mas antes apelar à Fundação Inatel “para suspender as obras até haver condições de saúde pública, ou, em alternativa, que as mesmas decorram sem a remoção dos equipamentos instalados no parque”, disponibilizando-se a “pagar a quota mensal durante a realização das obras” no caso de os equipamentos se manterem no local.

Ainda assim, adiantou, se a situação for para a frente, os utentes equacionam o “recurso aos meios judiciais” e até mesmo “assumir outras formas de luta, acorrentando-se aos equipamentos e instalações” – o que ainda não aconteceu.

Quando confrontada com a hipótese de algumas pessoas estarem em risco de ficarem desalojadas, a Fundação Inatel disse estar em articulação com a Segurança Social “de forma a encontrar as soluções com as entidades que têm essas responsabilidades, mas somente em casos absoluta e imperativamente justificados de indigência.”

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Jornal da Associação Gandaia

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