Transtejo Sem Distanciamento

Utentes da Transtejo queixam-se de como tem sido “impossível” cumprir o distanciamento social dentro dos navios da empresa de transporte fluvial devido ao número de passageiros para “tão poucos lugares.”

“Há coisas que não se conseguem evitar, porque são tantas pessoas, com tão poucos lugares, que é impossível” manter o afastamento social aconselhado, disse à Lusa Daniel Benito, que utiliza diariamente este transporte fluvial. “A quantidade de pessoas que utiliza o transporte ainda é reduzida, mas infelizmente a Transtejo decidiu suprimir algumas carreiras, o que faz com que o número de pessoas volte a aumentar e o distanciamento vai pela janela”, explicou, comparando a situação da travessia do Tejo com o funcionamento dos comboios em Lisboa, a funcionar sem redução as carreiras, o que permite “manter facilmente os dois metros de distância ou mais entre cada passageiro. Aqui, infelizmente, os barcos são mais pequenos do que os comboios e o número de utilizadores ainda é grande para ir para Lisboa e, com carreiras de meia em meia hora, não dá para manter a distância de segurança lá dentro.”

Em 1 de Maio, a administração da Transtejo/ Soflusa anunciou que iria aumentar o “limite de passageiros transportados em cada viagem, de um terço para dois terços de passageiros da lotação de cada navio, em todas as ligações fluviais, a partir de 3 de Maio.” Além disso – diz ainda a Lusa –, a transportadora indicou que a lotação dos navios seria “controlada através da contagem de passageiros, efectuada sempre que transpõem o torniquete para acesso à sala de embarque.” No entanto, desde 23 de Março que as duas empresas estão a funcionar em “horários de serviços mínimos”, sendo que, com o fim do estado de emergência, apenas foram repostas as carreiras nos terminais do Montijo e do Seixal.

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Jornal da Associação Gandaia

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